Photo by Nicole Pierce in Flickr

Até onde você pode?

Todos temos nossas metas e sonhos. A busca por aquilo que nos vai deixar melhor, que nos vai dar a sensação que estamos chegando naquele lugar que consideramos ideal para nossa tranquilidade. Alguns até se perguntam se este lugar realmente existe. E se existe, quando chegar lá, se vai ser possível realmente se tornar uma pessoa realizada. Eu, particularmente, estou mais para o time que acredita que essa tranquilidade é algo que se alcança no térreo e não subindo tanto. Devemos ter consciência que a vida não é uma medida de tempo, mas sim uma vela que foi colocada e acesa a poucos passos de uma janela que está de braços abertos para algumas ventanias que queiram companhia.

Photo by Nicole Pierce in Flickr
Photo by Nicole Pierce in Flickr

Mas a grande questão é: Até onde você pode?

Será que todos temos consciência que o nosso poder é algo que precisa de limites, e que em alguns casos devemos saber a hora de parar, para então, por um segundo que seja, enxergarmos a nossa tão sensível vela acesa. Uo

ma vez ouvi uma história sobre um senhor que o maior sonho era ter muito dinheiro. Me contando foi até previsível entender como começou e onde iria terminar, mas vamos lá. Ele muito jovem começou a trabalhar e juntar seus trocados. Cada nota ou moeda era um passo mais próximo do seu sonho. Ele pensava, jogar futebol, brincar com pipas ou carrinhos, pra quê? Quando eu estiver muito rico vou poder tê-los em tamanho grande e brincar de verdade. Ele não estava errado, mas vamos continuar. Nosso amigo virou um adulto, agora ganhando cada vez mais, conseguia ver mais próximo seu grande sonho que era ter muito dinheiro. Anos se passaram, casou, agora com esposa e filhos acima da idade, mas ele continuou sua estrada, buscando muito dinheiro. Mas aí vem a pergunta, ele não conseguiu o que queria? Sim, conseguiu, mas junto com a busca por muito dinheiro outro sentimento também cresceu, o do medo.

Depois ele me falou que como não conseguiu realizar algumas outras coisas bem interessantes já estava “transferindo” esses desejos para o filho. Obviamente o filho não estava tão ligado nesses planos tanto quanto o pai. Houston, we have a problem. Logo, se você uma vontade, por mais simples que pareça, realize, pois o tempo passa e pode ser que aquela dor no joelho não deixe.

Quão dificil é uma decisão nossa

Quão dificil pode ser uma decisão nossa? Eu digo nossa pois é uma decisão que, supostamente, é para ser para nós. Ou Melhor ainda, para você.

Bill Dickinson - The Surfer
Autor: Bill Dickinson – The Surfer (Flickr)

Quantas vezes nos pegando com aquele hábito de mudar de decisão ou mudar de opinião pelo simples fato de vir aquele pensamento “Mas é estranho né?”. Bem, a grande pergunta que deverá ser feito depois é “Estranho pra quem?”. Que insistência é essa que temos em sempre nos preocupar com o que um terceiro vai pensar. Em como seremos julgados ou taxados caso navegue por uma via diferente do restante da frota.

Algo que devemos ficar sempre atentos é em como tomar essa decisão sem causar um mal estar no seu reflexo, e, em um futuro não tão distante, não se arrepender de algo que não fez ou simplesmente entrar em um hábito que foge da sua personalidade real, que é sedenta por ser livre. Todos merecemos a liberdade de ser.

Eu me considero uma pessoa extremamente livre e tenho mais prazer ainda de dizer que influencio diariamente pessoas a tomarem seu próprio caminho. Faço isso com amigos, familiares, funcionários e desconhecidos. Em alguns casos pessoas me dizem “Você é doido, mas isso não é normal.” Bem, eu sei, se o mundo fosse apenas para seguir a mesma estrada, que terrível seria viver, algumas vezes temos que seguir o que nosso instinto diz, pois ele é um grito baixo acontecendo dentro do seu coração, e convenhamos, seguir o coração é importante.

A vida se baseia na equação RAZÃO + SENTIMENTO, se você tirar um deles, quem vai perder é você. Tome decisões diferentes, siga caminhos que não pareçam convencionais, pois, para você, naquele momento, aquele era o melhor caminho.